sexta-feira, 16 de outubro de 2009

16/outubro - and the winner is:

Ganhou novamente a equipe de Darmstadt!!!
Felizmente. Eram os mais bem preparados. Eles merecem. Parabéns!!!
Seria um absurdo que a equipe vice-campeã, de Illinois, ganhasse. Os norte-americanos não mereciam nem o 12º lugar em arquitetura.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

12/outubro - aposta de cornell

Estou escrevendo agora na fila de Cornell. É a ultima casa que falta ver o tour. Hoje parto para o Brasil. Aproveito para pedir desculpas pelos problemas de digitação e acentuação. É duro colocar acentos nesse telefone... Mas é muito útil pra
escrever nas filas. Só que não tenho tido forças pra verificar o que escrevi no hotel. Espero conseguir fazer isso mais tarde. Está muito frio hoje. Algumas equipes estão muito tristes. Imagino que Cornell seja uma delas. A casa foi muito mal avaliada. Eles ficaram em 16º na arquitetura e estavam esperando bem mais. O júri não avaliou bem as casas que não possuem um integração urbana forte. A casa espanhola que parece mais um pavilhão também saiu-se mal, ficando uma posição atrás de Porto Rico. Entretanto, os piores resultados ficaram com as equipes que possuem um grande volume homogêneo e que foram trazidas em uma peça. Uma exceção nesse caso é a equipe de Virginia. Cornell possui um projeto interessante, mas difícil. Eles a divulgam como "post-agricultural". Definitivamente não é uma casa urbana. O projeto. constituído por 3 cilindros e um pequeno espaço retangular onde estão localizados os equipamentos da casa e que conecta os cilindros junto com um pátio externo. Esse espaço de serviço acaba atrapalhando um pouco a integração dos cilindros da cozinha e quarto com o pátio. Embora não seja integrar os espaços de uma casa em cilindros, acho que a equipe fez um bom trabalho. Com exceção do quarto, os espaços internos foram muito bem resolvidos. Os cilindros em aço corten já oxidados ficaram muito interessantes na paisagem que eles criaram. Depois da visita, falei com o líder deles, que já jogou a toalha. Eles ainda estão em 6o, mas estavam apostando muito nas provas de hoje. Ele já disse que não têm mais chances. A aposta deles foi arriscada e o júri não a comprou.

12/outubro - california e rice

As duas grandes vencedoras do primeiro dia em que foram divulgadas as provas subjetivas foram as equipes da California e Rice. Califórnia com um 1o em arquitetura e 3o em marketing e Rice com dois 2o. São dois projetos excelentes e venceram minhas favoritas em arquitetura: Darmstadt (3o, empatada com Virginia) e Ontario. O projeto da California é muito bom e quebrou o tradicional paralelepípedo, com uma integração com as áreas externas excelente. A integração dos painéis com a forma da casa é difícil e foi resolvida razoavelmente bem, com alguns painéis falsos e uma tela de tecido que permite a ventilação dos painéis. As varandas que se abrem nas duas extremidades em balanço são um dos pontos fortes do projeto. A casa de Rice foi uma surpresa. Já comentei um pouco sobre ele há dois dias. Eles apostaram em um projeto simples, forte e barato. Até agora está dando um bom resultado. A premiação foi emocionante. Muitos choros e lágrimas, não só entre os vencedores, mas também do público que está participando mais ativamente do evento. Meus amigos de Porto Rico estão tristes. Ficaram em 13º em arquitetura, atrás de algumas casas com projetos que não são tão bons, como Illinois.

12/outubro - frio

As variações de temperatura em Washington podem ser grandes. Há dois dias, estava muito quente e quase não precisou aquecimento à noite. Hoje já esfriou bastante e não tem sol. A previsão é de 11º às 9 e 14º ao meio dia. Entre 10 da noite e 7 da manhã, as casas devem ficar fechadas e ninguém pode entrar. A partir das 7 somente alunos podem entrar. Não são permitidos professores dentro das casas durante a competição. Em dias quentes, as casas ficam fechadas e vazias. Em dias como hoje, eles colocam seis alunos (o máximo permitido) nas casas para ajudarem no aquecimento das casas. Até hoje, a maior pontuação vem do conforto térmico nas casas e as melhores classificadas são as que estão se saindo melhor nessa prova. Em poucos minutos, serão anunciados os vencedores das provas de marketing e arquitetura.

domingo, 11 de outubro de 2009

11/outubro - dança das notas

Até agora, poucos pontos foram disputados. Tem uma alternância grande em todas as posições. Não basta construir bem a casa. As equipes devem estar focadas em cada prova. Parece que muitos pontos são perdidos por desatenção. A competição toda é muito cansativa, mas também é muito divertida. Por isso, é muito fácil perder a atenção. Illinois permaneceu em primeiro, seguida por Cornell (foto) e California (foto). A novidade é que os alemães subiram pra quarto, seguidos pelos canadenses de Ontario. Acho que os alemães e espanhóis ainda possuem pontos para receber no "tapetão". Como o Solar Decathlon ficou um período sem conseguir monitorar as duas equipes, eles ainda estão decidindo de que forma computarão seus pontos. Porto Rico vem avançando a cada divulgação de resultados. Na ultima já estavam em oitavo, na frente de equipes que começaram antes. Já os espanhóis estão em 16º, na frente apenas de Penn State e Wisconsin que começaram dois dias depois. Amanhã, às 10, deverá haver uma mudança grande. Serão divulgadas as notas de arquitetura e marketing. São mais pontos do que o que já foi disputado. Como parece que a maior parte dos alunos é da área de arquitetura, esse é um resultado muito aguardado.

11/outubro - visita à lider provisória

Estou na fila pra entrar na casa de Illinois (fotos). É a fila mais longa do dia. A dos alemães também é muito grande, assim com as de Cornell e Minesotta (todas com mais de 40 minutos de espera). Illinois estava em primeiro hoje de manhã. Pode ser isso. E também um tour pouco organizado e uma casa que possui um gargalo na frente do banheiro. As casas também são avaliadas pela quantidade de visitantes que conseguem entrar na casa. Nesse caso, as equipes de Porto Rico e Penn State são as mais eficientes. Para mim, a ultima é o melhor tour que fui (faltam apenas Cornell e Virginia. Visitei as duas no dia das visitas para VIPs, mas essa visita é diferente). O projeto de Illinois é uma releitura (se quisermos ser positivos) de um "barn" norte-americano. Não me agrada uma solução desse tipo em uma competição que busca integrar diversas tecnologias inovadores em uma nova proposta de morar. O argumento deles é que o desenho vernacular pode conviver com as novas tecnologias. Nesse caso, porque o desenho do interior busca uma linguagem contemporânea que não tem qualquer relação com o exterior? Acabei de passar pela casa e realmente a demora da fila é porque o tour é problemático.

sábado, 10 de outubro de 2009

10/outubro - davi contra golias

Hoje visitei a casa de Rice, que destoa em todos os sentidos das outras. O desenho me agrada muito. É limpo, claro e possui uma proposta de implantação urbana excelente. A casa é muito pequena. Possui uma fachada frontal reduzida e segue um padrão de implantação das casas americanas tipo "row house" ou "shot-gun houses". Mesmo com uma área mínima, o espaço interno é muito bem aproveitado e a casa possui uma ventilação cruzada muito eficiente. A fachada é toda revestida com chapa metálica ondulada. Segundo eles, o orçamento do projeto todo é de US$250,000. Isso é quase o que os alemães gastaram só pra transportar a casa. Eles se orgulham ainda de possuir a menor capacidade para produção de energia com os painéis fotovoltaicos (pouco mais de 4kw). Isso é menos de 1/4 da capacidade da casa alemã. Mesmo assim, a casa de Rice começou o dia na liderança da pontuação. A casa chegou no Mall praticamente pronta. Poucas vezes vi os alunos trabalhando. Cheguei a ver em um final de tarde os alunos jogando um jogo que não conhecia na frente da casa. No dia fiquei chocado. Parecia brincadeira com os canadenses do outro lado da rua que viraram todas as noites e não conseguiram acabar a tempo. Hoje soube que eles reclamaram do jogo :-)

10/outubro - o solar decathlon e a rede

As casas do Solar Decathlon deste ano estão pela primeira vez conectadas à rede. isso quer dizer que as casas podem usar a energia da rede e o excesso pode ser devolvido à rede. Essa ultima situação está criando um problema grande para a organização. As casas estão gerando mais energia do que eles estão conseguindo suportar e ontem a rede colapsou. Não foi por muito tempo, mas o suficiente para gerar problemas em algumas casas. Eles estão colocando aquecedores do lado de fora das casas, depois dos medidores, para "gastar" parte da energia que seria devolvida. A casa de Ontario teve seu sistema de automação desregulado e eles precisaram reconfigura-lo. O maior problema foi com a casa alemã e, aprentemente, também com a espanhola. As duas possuem uma alimentação especial para poderem usar o sistema europeu. A deles nem pode ser devolvida à rede e, por isso, possuem aquecedores de 10kw cada para dispersar a energia. Pelo jeito, também não agüentou. A alemã estava totalmente desconectada dos medidores (foto da produção alemã em dia de chuva). A organização do Solar Decathlon ainda não definiu como fará para avaliá-la, mas essa é a razão da equipe alemã não aparecer entre os primeiros. Eles ainda não sabem quantos pontos darão nessas provas que não puderam ser medidas. Eles não têm idéia de quanto a casa está produzindo e ontem, a casa não pode abrir para o dinner party, que foi transferido pra hoje. É uma pena, porque o dia hoje não está tão bom. Está frio e ventando para que eles possam fazer atividades externas.

10/outubro - filas e tours

As filas começaram maiores e acho que a chuva está espantando os visitantes. Ou então é a hora do almoço. Devo ter ficado cerca de 20 minutos na fila de Darmstadt e bem menos na fila para Rice. Depois, o tempo começou a melhorar e foi ficando mais tarde. As filas voltaram a aumentar. A casa alemã teve que mudar seu tour, porque não colocaram corrimão nos três degraus que descem para o quarto e banheiro e porque a rampa deles está muito inclinada, como disse em um post anterior. Isso atrapalhou o tour deles, que acaba tendo retenções pra entrar na parte de baixo da casa. Quanto maior a circulação e mais áreas vazias, melhor para evitar retenções. A casa de Rice é muito pequena e exige um constante movimento e uma fila dentro da casa. Se uma pessoa demora mais, não tem muitos lugares para ela ficar, e acaba parando toda a fila. A casa de Ontario é ótima nesse sentido. A área de serviço e banheiros é a mais complicada, porque as pessoas voltam pelo mesmo lugar que entram. Mesmo assim, foi a que possui melhor circulação das pessoas.

10/outubro - mudança de tempo

Pela primeira vez, deverá chover no Solar Decathlon durante o dia. A previsão é de 30% de chances, mas no caminho pro metro (onde estou escrevendo este post), já peguei um pouco de chuva. vamos ver como se comportam as equipes... Ontem foi o dia mais quente até agora, o que ajudou muito as equipes que puderam ficar do lado de fora no jantar. No último dia da montagem, quem estava trabalhando do lado de fora estava congelando. felizmente o meu trabalho com a equipe de Porto Rico era do lado de dentro. Essa mudança de temperatura vai fazer com que as mudanças de aquecimento para refrigeração aconteçam em outros horários. As equipes trocam de um para o outro em 10 minutos. O cuidado é bem maior durante a refrigeração, quando os alunos devem evitar ficar entrando na casa. Por mais cuidado que eles tivessem, fiquei impressionado com a quantidade de vezes que os alunos entravam e saíam da casa.

10/outubro - sistemas de automação

O interface do sistema de automacao alemão me pareceu a melhor até agora. O sistema de Ontario é complexo porque controla os sistemas das persianas de acordo com a iluminação, insolação e ventos. ele controla até o motor que levanta a cama. Entretanto, a interface é constituída só de botões e controles que não parecem muito amigáveis. Já a alemã, parece controlar mais elementos, através de uma interface gráfica, muito clara para o usuário da casa. Essa é mais um dos detalhes muito bem cuidados pelos alemães. Não consegui ver o sistema de Boston. Eles destacam seu sistema, mas não existe uma tela específica pra ele. Ela funciona na Internet e é acessada via notebook. Eles disseram que através do site deles dá pra acessar o sistema deles e ver os dados em tempo real. ainda não consegui acessá-los.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

9/outubro - dinner party

Estou escrevendo no metrô, voltando do Mall. Deve estar acabando agora a primeira prova do "dinner party". Cada equipe convida seus três vizinhos mais próximos e são avaliados por eles. É importante a pontualidade, ambiência, menu, entre outros aspectos. Algumas equipes realizaram uma super produção. A equipe alemã preparou um cardápio representando a nova culinaria do norte do país, com lagosta e outro com carne, representando a região da Bavaria. Algumas equipes como de Minnesota, Ontario, Arizona e Cornell, receberam seus convidados em mesas do lado de fora e depois os levaram para mesas dentro da casa. O espaço do jantar deve ser condicionado. Por isso, não podem servir a comida na mesa externa. Acompanhei parte dos preparativos da equipe de Porto Rico (da qual me sinto quase parte dela). O planejamento deles pro jantar não se compara com os dos alemães. Saí do Mall e as duas meninas que estavam preparando a comida ainda não tinham começado a cozinhar o peixe. Coitadas, estavam nervosas e acho que não treinaram muito a preparação. Alem disso, os ingredientes tiveram que ser comprados aqui e deviam ser um pouco diferentes dos encontrados em Porto Rico. Algumas casas fecharam suas cortinas e não se via muito. Outras, abriram suas casas para fora. Eram mais fotografadas, mas me parece que era uma experiência mIs interessante. Agora no final haviam poucas pessoas. Além do pessoal da organização e dos membros das equipes, eu era um dos poucos a continuar no Mall.

9/outubro - pontuação

O site do Solar Decathlon divulga a pontuação das equipes em tempo real. Hoje pela manhã a equipe da California (foto) aparecia em primeiro lugar, seguida da casa de Ontario e Darmstadt. Até agora, não dá pra apontar um favorito pela pontuação. Foram disputados poucos pontos, mas os favoritos - com exceção de Virgina, estão na frente. No entanto, já dá pra ver algumas equipes que não têm muita chance: as duas últimas a ficarem prontas (Penn State e Wisconsin) e acho que por mais energia que os espanhóis gerarem, acho que estão fora. Eles estão com muitos problemas. Não sei se houve algum problema na medição, mas era a única equipe com balanço negativo em um gráfico que vi na casa da California. Não achei esse gráfico no site ainda, mas deve estar lá... Pela manhã, o heat pump da casa espanhola não estava funcionando e eles não tinham idéia de como corrigir (foto). Parecia ser um problema dos comandos eletrônicos, e não sei se eles podem troca-lo durante a competição. Eles possuem dois heat pumps, mas os comandos estão todos no que não funciona. Na hora de ir embora, o Jose Maria, Faculty Advisor, disse que já tinham arrumado. Não acreditei muito nele, até porque a turma da elétrica continuava trabalhando no gabinete técnico. Uma boa notícia é que a equipe de Porto Rico está recuperando rapidamente. Já tinha passado um das equipes que tinha começado antes e era a primeira das mais atrasadas.

9/outubro - nobel

9/outubro - primeiras visitas

Hoje foi o primeiro dia em quebas casas estiveram oficialmente abertas ao publico. O horario não deve ser muito diferente de Madri: 11-15 nos dias de semana e 10-17 nos finais de semana. Visitei 4 casas hoje. Boston, California, Madri e Alberta. A casa de Boston foi a mais livre. Não existe um roteiro. Os alunos respondem a perguntas em locais estratégicos, mas não direcionam o grupo. Madri, por outro lado, foi a que tinha o roteiro mIs rígido, e o que menos gostei. Eles posicionaram grandes painéis que bloqueiam a visão da casa para quem está na fila na rampa. Depois, um dos alunos recebe o grupo na entrada da casa e faz uma introdução geral à casa, do lado de fora. o grupo, entre 15 e 20 pessoas, entra na casa e outro aluno faz uma apresentação do interior. Finalmente, outro aluno responde às perguntas na saída da casa. Como um grupo atrapalha o outro, as portas precisam ficar fechadas. Fica um forno dentro da casa. Definitivamente, precisamos de uma boa ventilação cruzada duramente o tour. O interior da casa espanhola é muito bom, mas a área do deck é muito confusa. A casa espanhola possui uma forma simples e forte. Já no deck, acontecem milhões de coisas que não contribuem em nada para reforçar o desenho da casa. Pelo contrário.... Já começa pelos painéis da entrada que bloqueiam a visão da casa. Os espanhóis devem ter um dos dois melhores terrenos. com uma ótima vista de longe. Enfretanto, os painéis bloqueiam quase que completamente a visão da casa. Eles possuem um lago com pouca água e deixaram a lona preta quase toda aparecendo cocaram ainda uma grande escultura, no mínimo de gosto duvidoso. Puseram um monte de flores coloridas sem um desenho claro e uma maquete quebrada da casa. A parte de trás dos painéis da rampa também possui outros painéis que ninguém lê. Só percebi eles, porque fugi do roteiro pra fazer fotografias. É uma pena, porque o desenho da casa é bom, mas parece ter sido feito por outro grupo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

8/outubro - it's show time!

As provas já começaram e as equipes de Penn State e Wisconsin ainda estão trabalhando. Boston parece ter acabado. Algumas equipes poderiam ter terminado antes, se tivessem se concentrado nas tarefas que são importantes para as "inspections". O mais importante não é ter a casa pronta, mas passar por todas as inspections. Aí sim a casa pode participar da competição. Porto Rico, por exemo, poderia ter focado no que a organização exigia, em vez de terminar todos os detalhes. Pode-se chamar os inspetores antes de ter tudo pronto para verificar o que não está correto. Isso ajuda para se saber o que precisa ser feito e a descobrir problemas a tempo de serem corrigidos. Marcar a inspeção pra ultima hora pode ser muito arriscado. Hoje estavam marcadas apenas visitas VIP. Entretanto, eles acabaram abrindo para o público logo após o início da visitação. Pior pra mim, que estava incluído no grupo VIP e acabei tendo dificuldades pra fotografar as casas que visitei. Essas visitas não contam pontos ainda e, por isso, são um bom ensaio para os alunos. Mas não o primeiro... durante a construção, uma quantidade enorme de pessoas passa pelo terreno fazendo perguntas. Muitas equipes de filmagem procuraram, e ainda procuram, os alunos responsáveis pela mídia ou pelo projeto para entrevistas.

8/outubro - team darmstadt, mais uma...

Ontem tomei um café no Smithsonians om o Manfred Hegger, Faculty Advisor de Darmstadt e com o Achim Dangel, um construtor, marceneiro que não para pra nada. Parece que ele toma alguma coisa, porque não dá pra acreditar na energia dele. Ele está trabalhando com o grupo desde o início e acompanha o trabalho de cada aluno. A primeira vez que vi ele descansando foi ontem no café. Acho que era porque a casa já estava quase pronta. Depois ele me mostrou a casa. Fiquei impressionado com a casa quase pronta. Eles vieram pra ganhar e vai ser muito difícil que outra equipe vença. A casa foi cuidadosamente (e bem) projetada e eles planejaram cada detalhe da competição. Com o pé-direito duplo, a casa é bem mais espaçosa que as demais. A cama, escondida sob a escada, ainda permite mais espaço. Eles tiveram que alterar o tour, porque a rampa está com inclinação maior que o permitido. Como foi uma interpretação errada dos códigos americanos e ninguém alertou sobre isso nas entregas anteriores, eles não serão penalizados, mas terão que ir para o nível mais alto, pelo deck externo. Eles possuem uma semelhança com a casa de Ontario na parte de serviço. As duas possuem uma circulação que termina no banheiro, mas o banheiro também pode ser usado como passagem. Os dois banheiros não me pareceram totalmente acessíveis, mas podem ser visitados por um cadeirante. No lado oposto aos banheiros, estão as duas cozinhas, sendo a alemã, um pouco mais escondida. ao sistema e automação parece muito interessante, com uma interface que facilita a utilização dos principais sistemas da casa. O folheto que eles distribuem é excelente, e foi revisado pelo Manfred Hegger varias vezes.

8/outubro - atrasados

Quando saí, não me dei conta de que várias casas não conseguiram terminar. Ao final, só 9 conseguiram terminar. Eles mudaram a proposta e deixaram que as casas que terminassem até o meio-dia, pudessem participar das provas da tarde. Cinco não conseguiram: Boston (foto), Wisconsin, Iowa, Penn State (foto) e Porto Rico. Essa última não conseguiu por minutos... A Sonia estava chorando quando cheguei, porque eles poderiam ter terminado antes se a equipe não tivesse parado para almoçar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

6/outubro - mão na massa

Acabei de chegar no meu hotel, trazido pela van da equipe de Porto Rico. Eles não conseguiram terminar no horário determinado e perderão os pontos do primeiro dia. Quando vi que a situação estava complicada, fui ajudá-los. Acabei carregando ferramentas e fazendo trabalho de pintor, emassando, secando com um secador, lixando e pintando. Antes de sair, retirei toda a tinta do peitoril da janela do quarto/circulação. Dava até pena, mas a tinta estava toda descascando e estava realmente ruim. As meninas que vão ficar toda a noite vão terminar o meu serviço... Além de mim, a Laura, aluna da equipe de Valladolid, que chegou aqui há poucos dias também estava ajudando.
Quando saí já era mais de meia-noite e o metrô já estava fechado. por isso, eles deixaram a Laura em um albergue e depois me trouxeram aqui. Além deles, acho que ainda ficaram trabalhando as equipes de Wisconsin, Iowa e Madri. Um favorito, já deve estar fora do páreo. Mas já imaginava que os espanhóis estavam enrolados com o trabalho... Hoje vou ficar por aqui, porque preciso dormir.

7/outubro - tem que deixar tudo pronto!

Hoje, às 10 da noite, todas as equipes devem parar de trabalhar. Amanhã, às 7 da manhã começa a competição e as medições. Se alguma equipe precisar realizar algum trabalho, perderão os pontos do primeiro dia. Acho que são 40. Para a maioria das equipes, esse será o primeiro descanso de verdade que terão. Entretanto, creio que as equipes de Puerto Rico e Penn State poderão considerar continuar trabalhando. Dependendo do que estiver faltando, essas equipes podem ser eliminadas. Nesse caso, é melhor perder os 40 pontos. A questão não é só deixar a casa pronta, mas deve-se passar por todas as inspeções. Além de atrasada, ainda vi uma inspeção da casa de Penn State que identificou um desnivel entre a parte interna e externa da rampa de 3% (foto). Essa questão afeta diretamente o publico e, por isso, terá que ser corrigida. Parecia necessário desmontar a rampa. Fiquei com pena dos meninos... A de Puerto Rico também está com dificuldades. A Sonia, Faculty Advisor da equipe já saiu a muito tempo para comprar umas peças e não voltou. Washington possui um trânsito horrível. É muito importante mapear as lojas de material de construção e possuir contatos nelas. A equipe de Minessotta precisou de mais madeira para o deck e não conseguiu encontrar a mesma. Ao final, tiveram que fazer alguns remendos para aproveitar os restos que tinham. Acompanhei ainda a inspeção de segurança de Arizona. Eles são relativamente flexíveis, entretanto, questões importantes para a visitação, precisam ser corrigidas e algumas pessoas têm que parar o trabalho para fazê-las.

6/outubro - puerto rico

Na hora de sair, encontrei a Sonia Miranda-Palacios, Faculty Advisor de Puerto Rico. Ela parecia mais preocupada porque eles estão atrasados. A casa ainda possui água de vazamento perto do tanque de água quente e muita coisa por fazer. Terão uma noite de muito trabalho. A construção vai terminando e as equipes já demonstram que estão exaustas. Depois de muitos meses de trabalho duro, essa maratona deixa todos acabados. Duvido que alguém no Mall aceite agora entrar em uma equipe para o próximo evento. Depois que passar uns dias eles poderão pensar diferente. O trabalho já não é tão produtivo e é muito comum ver uma grande quantidade de gente parada ou conversando...
Voltando para Puerto Rico, é uma casa que se parece com a nossa por possuir pequena área condicionada e uma grande varanda. Eles usam um sistema de finas mangueiras com água, no teto, para ajudar no condicionamento do ar. O banheiro é separado de uma área que funciona como quarto/circulação. Entre os dois, uma estante de correr com manivelas recolhe a cama e funciona como armário para roupas. Durante o dia, o espaço vira circulação e o banheiro pode ampliar. À noite, a cama fica abaixada. Isso torna também o banheiro acessível para cadeirantes. Não sei se ele é acessível com a cama abaixada. A maior parte dos banheiros pode ser visitada por cadeirantes, mas não é totalmente acessível. De qualquer forma, é uma solução interessante para mover o móvel e deixar esse espaço central da casa bem amplo. De um dos lados está a sala com o escritório e do outro a cozinha com uma mesa de jantar que se abre também pra grande varanda. A casa veio em dois módulos e uma vantagem é que só um dos módulos é condicionado, reduzindo os problemas para conectar as duas partes.

6/outubro - preparativos finais

Amanhã é o último dia para a montagem. As equipes que preferiram trabalhar desconectadas da rede, devem se conectar até o meio-dia. Madri (foto), Puerto Rico (foto) e Penn State são algumas das equipes que não estão conectadas. Enquanto a equipe nao se conecta, ela pode usar geradores para as ferramentas, mas não pode usar a energia dos transformadores para alimentar a casa. Por isso, ela não pode testar vários dos seus sistemas. Por outro lado, uma vez conectada, a equipe não pode mais usar geradores e ela precisa funcionar com a sua própria energia. Se usar mais do que produz, ela inicia a competição no negativo. Por isso, as equipes que não estão conectadas são as mais atrasadas e que precisam usar mais máquinas. Essas não vão conseguir testar seus sistemas propriamente.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

6/outubro - team ontario

Estou escrevendo essa mensagem enquanto aguardo os testes com as cortinas e persianas da equipe canadense de Ontario. Como já afirmei em um post anterior, são meus favoritos embora ache que eles não ganham devido à produção de energia deles ser bem menor do que as duas equipes européias.
O deck deles ocupa praticamente todo o lote. Ele possui uma enorme bancada, com uma grande pia. Em frente, eles vão colocar uma mesa externa para 20 pessoas. O espaço do deck é impressionante! A casa possui um módulo de serviço na parte posterior, que foi a única peca inteira que eles trouxeram. O resto foi quase todo construído aqui. Fiz uma visita acompanhado por Bradley Paddock. Ele é um construtor, que já trabalhou com marcenaria e faz tudo na casa. Os acabamentos da casa são perfeitos. Ela possui um grande espaço aberto, com pequenos cilindros brancos que criam uma superfície ondulada no teto e escondem as lâmpadas e outros equipamentos no teto. a cama é armazenada no teto e a parede que a bancada da cozinha define a separação do grande espaço aberto para a parte do serviço. Esse grande espaço possui um pé-direito alto e uma enorme superfície envidraçada em três dos seus lados. Os vidros possuem fator de isolamento R-30 e são protegidos por venezianas externas e cortinas pelo lado de dentro. A capacidade instalada é de 8kw na cobertura e 4kw nas fachadas. Não existe nada oficial, mas comenta-se que os alemães possuem capacidade instalada de 18kw! É uma casa perfeita para acordar após uma noite de neve... mas também seria ótima em uma montanha ou praia no Brasil.

6/outubro - usinas européias

As casas da Alemanha (foto) e da Espanha precisam de conversores (foto) para o sistema europeu de 220/50. Por enquanto, apenas a equipe alemã se conectou à rede. Eles estão produzindo tanto que a organização teve que encomentar mais conversores para poder conectar à rede a equipe de Madri. Se a produção de energia for um fator decisivo, o primeiro lugar está entre as duas equipes européias. Nesse caso, minha aposta vai pra Darmstadt. É impressionante a diferença das duas equipes para as demais. Algumas casas produzem menos de um terço do que a capacidade instalada de Darmstadt. Os organizadores estão torcendo por um dia nublado amanhã, até que os novos conversores estejam instalados. Felizmente a previsão não é de sol...
Algo me diz que as equipes com muita produção vão começar a ser penalizadas. Principalmente porque haverá uma pressão norte-americana.

5/outubro – team penn state

A equipe de Penn State é uma das quatro equipes gerenciadas por estudantes. É também, junto com Puerto Rico, uma das únicas que possui sempre música. Sarah Klinetob, aluna de “architectural engeneering” e responsável pela parte de marketing, me apresentou a casa e as propostas da equipe. Antes da visita, avisei pra ela que na véspera filmei enquanto ela dançava e trabalhava. Ela começou a rir :-). disse que colocaria o filme no youtube para que ela pudesse ver também.
Como escrevi em um post anterior, eles tiveram muitos problemas para chegar com a casa em Washington. Embora estejam a quatro horas de distância, o caminhão de 10 rodas, chegou no segundo dia, depois de ter estourado 30 pneus. No início eles só possuíam grandes toras de madeira no terreno, onde seria posicionada a casa. Ao contrário da equipe que participou em 2007, a casa foi feita para ser transportada em único módulo e, parece que o peso não foi bem calculado para o caminhão que eles utilizaram.
Aparentemente eles já estavam recuperando o tempo perdido e já começando a colocar as plantas dos cinco jardins diferentes, cada um com características próprias. A parede da cozinha também é revestida com plantas e na cobertura, eles usam um sistema de plantas integrado aos painéis solares que ajuda a refletir a luz do sol e a reduzir o aquecimento da cobertura e dos painéis. É a única equipe que está utilizando estes painéis solares compostos por filmes cilíndricos. Sob o piso da casa, serão colocadas bolsas para armazenar água que funciona como massa térmica.

5/outubro - team california

Como já imaginava pelas visitas que fiz sem conversar com ninguém, a equipe da California é gerida basicamente por alunos. Conversando com Allison Kopf, a Project Manager da equipe, verifiquei que os alunos de graduação da Santa Clara University com o California College of the Arts ficaram responsáveis até pela arrecadação de fundos. Ela assume que muita coisa poderia ser feita bem diferente se eles tivessem mais experiência, especialmente o planejamento do projeto. Alguns dos membros estiveram na equipe de Santa Clara em 2007 que obteve um bom resultado, mas foi penalizada por não possuir um bom projeto arquitetônico. Os alunos então se juntaram ao California College of the Arts para elaborar o projeto arquitetônico. Califórnia é uma das poucas equipes que quebraram o bloco retangular direcionado principalmente pelas exigências de transporte. O desenho é um dos mais interessantes da competição. A casa é composta por 3 módulos que vieram em 3 caminhões separados. Eles chegaram a pensar em mandar todos no mesmo caminhão, mas ficaram com medo, porque em 2007 eles tiveram problemas com o caminhão e chegaram 3 dias atrasados. A equipe de Penn State teve problemas nesse ano para chegar, porque estouraram 30 pneus no caminho (o caminhão tem 10...). Califórnia é também a única equipe que usa quase todas as suas esquadrias de correr, com vidros duplos na fachada sul e triplos na norte. As esquadrias são em alumínio e, segundo eles, extremamente eficientes. Não fiquei muito convencido... Enquanto eu estava lá houve uma comemoração por ter sido a primeira casa a se conectar à rede. Verifiquei depois que se conectar cedo à rede pode ser arriscado. Uma vez conectada à rede, as equipes não podem usar mais geradores e se produzirem menos do que gastarem, eles começam a competição no negativo.

5/outubro - supercasas

Até agora, quatro casas me impressionaram por serem baseadas basicamente por trabalho de alunos, praticamente sem presença de professores. São as equipes de Cornell, Penn State, Missouri e California. Outras três, por outro lado, impressionaram pela estrutura, acabamento, tecnologia e me parece também orçamento. São casas quase impecáveis. São as casa de Darmstadt, Virginia e Ontario. Das três, a que mais gosto é a casa canadense. O desenho é impressionantemente bem cuidado. Todo o processo de construção no Mall foi de uma produção incrível. Para mim, essas são as favoritas, junto com a casa espanhola. Só não coloco a casa espanhola no grupo das três porque ela possui uma bagunça e improvisacao latinas que não dá pra coloca-la entre as casas “impecáveis”. Pela capacidade de PVs instalada, e o sistema de seguir o sol, acho que Madri tem grandes chances de ganhar. O sistema de automação do Team North, de Ontario, parece muito inovador, mas foi pouco testado. A casa toda parece ter sido pouco testada, e me parece que é a que tem menos chance de ganhar das 4, mas é a minha "favorita". Será uma ótima competição, porque os alemães possuem adversários fortes.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

5/outubro - acompanhando a competição

A página do Solar Decathlon (www.solardecathlon.org) já está divulgando grande quantidade de informações sobre o evento e é uma ótima forma para se atualizar (www.solardecathlon.org/news.cfm). Mais do que esse blog... Os desenhos executivos e manuais de projeto já estão disponíveis (www.solardecathlon.org/teams.cfm) e a pontuação das equipes será divulgada para as equipes ao mesmo tempo em que no site.